Em sua essência, o autoprodutor é o consumidor que optou por investir na geração da sua própria energia , atividade distinta de seu negócio, adquirindo ou construindo usinas. Com isso, está apto a utilizar a energia gerada para suprir parcialmente, ou totalmente, suas necessidades energéticas.
A prática da autoprodução é comum entre indústrias eletrointensivas, que são mais sensíveis ao insumo energia elétrica. Essas indústrias investem na produção de energia elétrica, assumindo diversos riscos desconhecidos por um consumidor convencional, com propósito específico: garantir a competitividade da atividade industrial por meio de proteção (hedge) ao risco de preço e garantia de suprimento energético. Adicionalmente, a autoprodução agrega valor estratégico ao produto industrial, ampliando o domínio da indústria sobre o insumo energético (eficiência) e permitindo à empresa seguir uma política interna própria de produção/consumo de energia.
Basicamente, a autoprodução pode ser feita sob a forma de dois diferentes arranjos. A primeira, a autoprodução in situ, é o arranjo mais conhecido e ocorre quando a geração e o consumo se dão no mesmo local. O caso é bastante comum em sistemas isolados e/ou pelo aproveitamento de subprodutos do processo industrial para fins energéticos.